Muitas mãos, um só propósito: preservar a história no Museu da Lapinha
- Urbanes Parques

- 30 de jul.
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Atualizado: 1 de ago.
O Museu Arqueológico da Lapinha, referência na preservação do patrimônio arqueológico da região de Lagoa Santa (MG), está participando de um importante projeto apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). A iniciativa, intitulada “Desenvolvimento de Protocolos para Revitalização da Infraestrutura de Preservação e Acesso de Coleções Científicas” (FAPEMIG-RED-00227-23), visa a qualificação técnica do acervo atualmente sob guarda do museu, que está em processo de reforma.
Fundado em 1972 pelo arqueólogo húngaro-brasileiro Mihály Bányai (1920–2005), o museu abriga um rico conjunto de ossadas humanas, artefatos arqueológicos e espécimes paleontológicos. Vinculado à memória das pesquisas de Peter Lund (1801–1880) e Annette Laming-Emperaire (1917–1977), o museu representa um importante polo de investigação sobre a ocupação pré-histórica do continente americano.
A coleção, originalmente de caráter familiar e regional – uma configuração típica de museus brasileiros entre as décadas de 1950 e 1980 – está atualmente sob tratamento técnico na Reserva Técnica do Museu Peter Lund. A ação é conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de museologia, conservação, arqueologia, antropologia e biologia, sob a coordenação da Profa. Dra. Yacy-Ara Froner.
Com apoio do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) e da própria FAPEMIG, o museu também conta com uma base de dados informatizada, desenvolvida na plataforma Tainacan, que amplia o acesso ao acervo e fortalece estratégias de salvaguarda do patrimônio arqueológico nacional. Além da conservação física, o Museu Arqueológico da Lapinha mantém um forte compromisso com a educação e a difusão científica, promovendo atividades para escolas, pesquisadores e o público geral, reforçando seu papel como centro cultural e de memória no estado de Minas Gerais.
Atualmente, o Museu Arqueológico da Lapinha, assim como o Parque Estadual do Sumidouro, está sob regime de concessão à iniciativa privada e permanece aberto à visitação diária, mediante agendamento prévio. A visita ao museu representa uma oportunidade de vivenciar a história e a ciência em um dos mais importantes sítios arqueológicos do país.







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